segunda-feira, 20 de abril de 2020

O centro do amor...

Atualmente estamos passando pela experiência do Corona Virus.
Um virus que visa o sistema respiratório, ataca o nosso centro energético do coração.

Que coincidência...

A necessidade de vivenciar o amor é parte fundamental da experiencia humana, sem ele nada basicamente nos difere de qualquer outro ser (chamado de irracional) deste planeta.
Um centro que vem sendo negligenciado por nós desde que o mundo é mundo, e que cada vez mais, se descobre que bem equilibrado, possui forte relação com a nossa imunidade.
Ou seja, quem encontra o amor, desfruta de maior imunidade.

Hoje somos chamados ao amor, e ao amor sobretudo a nós mesmos.
Perdemos a conexão com o exterior, percebemos que o digital não nos completa, 
E nos sentimos sobretudo sozinhos.

E como alcançaremos o amor de uma via... 
A resposta estamos todos tendo de encontrar, mas todas passam por se amar e amar ao próximo.
Temos uma necssidade de alma que precisamos dar voz, sem julgamentos, e não aprendemos isto, sobretudo em uma sociedade cheia de parâmetros.
Viver a desconexão interior é a base da vida ocidental (sobretudo, mas não apenas) atual. 

Viver o agora e contentar-se consigo, ninguém mais sabe fazer (existem exceções claro, inclusive exceções de sociedades inteiras, não esqueçamos).
Hoje fui chamada ao auto-ampor, a respeitar este corpo que comporta meu ser. 
Precisava de atenção, de cuidado e não era exterior.
Dei voz e vazão a essa necessidade, decidi que não iria julgar. 
Não julguei e vivi o dia,
E esta foi uma grande lição de amor para mim...

Viver o agora, estar presente, se preocupar menos com o julgamento interno, mas sim com seu bem-estar, parece receita de bolo, mas na prática ninguém mais sabe.
Quando é a hora de parar? quando é a hora de se esforçar? quando é hora de expressar? movimentar?

Que possamos recuperar a principal conexão com Deus, que mora em nós mesmos.
Vós sois Deuses ...
Sim!

quinta-feira, 5 de março de 2020

O que miramos x o que temos

Miramos grandes atitudes, daquelas que quando assisto, meu coração se inunda de amor.
Grandes exemplos, grandes perdões,grandes mestres, grandes amores. Tudo grande, claro.

E são exemplos ótimos, atitudes lindas que trazem esperança e fé renovada na nossa capacidade como ser humano.

Mas mira-se tão alto, que esqueço, os pequenos esforços do dia a dia, que empreendo para poder viver. Não esqueço no sentido de não fazer, mas, na medida que não valorizo o esforço exigido para aquela pequena atitude acontecer.

No impeto de fazer correto, muitas vezes me atropelo, ou me envergonho da minha real vontade. Deixando de viver meu eu e minha vida.
Valorizando potenciais que não são meus, e desprezando os potenciais que realmente trago.

Se notarmos melhor, aqueles que souberam dar o valor, aos seus próprios potenciais, brilharam. Brilharam, porque foi feito o que se ama, e nasceu pra fazer.
Faz parte do equilíbrio interior valorizar o que se tem.

O que já temos dentro de nós, é base sólida para nosso crescimento, semente que germina sem o menor esforço. E, pode gerar sim grandes frutos.

Que os grandes exemplos nos sirvam sim de inspiração, e que nos inunde de amor e admiração. Mas acima de tudo, que a gente veja que a verdade interior que a pessoa vive, apenas transbordou ao próximo, ou a si mesma, gerando a atitude de amor que admiramos.
Você pode fazer igual, em outro microcosmos, de outra forma, ou seja, à sua maneira.

Para finalizar só posso dizer que desejo que a verdade interior inunde meu coração de seus potenciais de amor para mim e para a humanidade.

sábado, 22 de fevereiro de 2020

Quando o corpo te obriga a ter equilíbrio

Com certeza, não foi no auge dos meus 30 anos. que eu esperava algumas limitações físicas, pequenas, mas que junto se somam em uma chamada do corpo para uma busca real de saídas. 

Saídas,  e não fugas...

Não pode se afugentar em uma alimentação desregrada, não pode varar a noite pra compensar o trabalho atrasado, não pode pegar pesado no exercício p aliviar o estresse. Muito menos se pode beber, nem uma cervejinha, drink, nada, é preciso achar saídas e prazeres que possam enaltecer a alma sem desequilibrar o corpo.

Pra minha geração,  dormir 8 horas seguidas é luxo, ter momentos de prazer, sem nenhuma mensagem de trabalho no celular,  quase impossível.

Mecanismos de catarse desequilibrados fazem parte, ou pelo menos aquela cerveja do fim de semana. aquele super hambúrguer, rs.

Tentar aprender a achar mecanismos de ação equilibrados não está sendo fácil, não posso mentir. 

Sim, as vezes só queria uma boa batata frita, não me preocupar com a alimentação regrada, fazer nada sem sentir culpada.

Que Deus me ajude a ir domando aos poucos os mecanismos que governam meu corpo. Para que eu possa aprender a dar o alimento que ele e minha alma necessitam...

segunda-feira, 7 de maio de 2018

Semana da maternidade - A dificuldade de parar das mães...

Talvez por estar próximo do dia das mães, essas reflexões tenham me pegado de jeito.
As considerações sobre a maternidade no meu cotidiano são pasteurizadas, de uma visão da maternidade superficial. Que acabam por anular as milhares de formas de ser mãe que encontramos ao longo da vida, não só na nossa maternidade, como na maternidade de cada uma que nos maternou e que materna conosco. E eu particularmente amo essa multiplicidade de fluxos.
Então cabe enaltecer que ser mãe apresenta um recorte, um recorte de raça, de classe social, de história familiar, um recorte temporal, conjugal e espacial. E isso é muito caro, a cada forma de maternidade que eu vejo ser desenvolvida.

O assunto maternidade me toca, em especial, pois além de ser mulher e de desejar ter filhos, a primeira maternidade que eu conheci (a maternidade de minha mãe, claro) foi um tanto conturbada e permeada de questões densas, intensas. Tais questões foram, ao longo da minha vida, fortemente reprimidas, até pela dificuldade de lidar com a vulnerabilidade que este assunto me trazia. Minha mãe, diferentemente do que pintam, foi bem longe de ser exemplo para mim, em diversos quesitos da vida. Ainda que sua força guerreira tenha sido um grande, grande exemplo e eu nutra profunda admiração neste sentido.

Para mim, ser mãe significou um tanto entrar num grande processo de aceleramento, vários fatores externos estimularam essa correria, desde a gestação, pois não agendamos esse bebê..
Então foi casar, construir casa, ver roupas, parto, uma casa para os primeiros meses, uma obra interminável, um doutoramento em execução vômitos que nunca passavam, crise financeira e política, dispensa de projetos.. Enfim, várias coisas que saíram além, bem além, do que eu esperava para este momento.
Mas, quando eu converso com outras mães, vejo o mesmo processo de aceleração que se expressam de diferentes formas. Quase como uma necessidade automática do "fazer". Como é pressionador trazer um ser para este mundo, um mundo sobretudo de expectativas. Suas expectativas e as expectativas de cada familiar, e de uma sociedade que apresenta essa maternidade pasteurizada, com tão pouco espaço para a individualidade que é a principal característica do mundo moderno.

A mãe é aquela que tem que dar conta de tudo... Pode mandar que ela mata no peito, que é a vida, que todas as mães que ela conhecem fizeram o mesmo. Fizeram o mesmo? Não! Fizeram muito mais, coisas incríveis e piruetas inimagináveis.. E tudo isso com o bebê no peito...
E da-lhe correr "pra ver" se vai "dar conta". E nessa de correr pra cá e pra lá a gente se atropela.. Eu me atropelei todos os sentidos, quando digo todos.. É porque foram todos mesmo. Até desenvolver uma insônia severa que culminou em uma estafa...
Mas se eu falar que dormi pouco... Ah, mas minha mãe dormia cinco horas, mas meu pai dormia quatro, virava noite, sua mãe nem dormia...
É difícil manter sua individualidade nesse mundo das comparações...

Hoje aprendo a me escutar, a lidar bem com meus limites. Mas muitas vezes noto a cara de espanto das pessoas quando percebem que eu tenho limites sim. Glória Deus, temos nossa individualidade, nossos calos, que apertam em sentidos diferentes.
Então hoje quero brindar com um café quente e um silencio profundo, ou a risada de uma amiga ou do meu marido.
Que a nossa doação seja motivada pelo amor, pela alegria de estar, fazer e se permitir "nisso tudo" que é ser você.. Pelos pequenos momentos do cotidiano, que se perde, nesse mundo de competição... Cada fase tem tanta delicia, e olha que eu só cheguei na primeira infância, mas é sempre uma fase de autodescobrimento e vivenciamento de novos sentimentos. De ir a lua e voltar a cada sorriso sincero no rosto de nossos filhos...

Eu não tive a mãe que desejava  e não sei se serei a mãe que minha filha desejou. Mas seja como for, será no nosso tempo e do nosso jeito!

Reativando a escrita...

Eu me apaixonei pela escrita bem cedo, tive diários, agendas, ainda tenho na verdade. Neles falo sobretudo dos meus sentimentos e dos meus transbordamentos sentimentais ou espirituais. Descobri na escrita um alivio de alma, um meio de me comunicar com meu eu mais profundo, meu inconsciente.
Eu lembro de gostar de livros quando criança e de gostar de estudar, mas ao longo da vida infantil e adolescente não mantive o hábito da leitura, principalmente porque não venho de família com estrutura nesse sentido.. Mas quando ingressei na faculdade esse mundo se abriu para mim novamente. E sempre me apeguei principalmente aos grandes textos filosóficos.
Abri o blog por essa necessidade de dialogo com o outro e comigo mesma claro. Mas ao longo do caminho do autodescobrimento senti necessidade de me afastar para me reorganizar mentalmente para retornar a essa prática tão bela.
Agora retorno a esse caminho da pratica da construção literária. Da reinvenção que as letras possuem, na capacidade de alcance anonimo das diferentes ideias e concepções de mundo, cada uma especial a sua maneira.
Que este canal de comunicação siga aberto e sendo fonte do meu conhecimento e sentimento...

segunda-feira, 19 de junho de 2017

Minha filha.. Meu amor e meu primor...
Você esteve unida a mim desde que eu soube que te esperava...
Unida nos vômitos, nos medos, nas obras e nas mudanças da vida..
Sim, nesse tempo, minha única certeza era você...
Na verdade, minha maior certeza ainda é você...
A certeza de que viverei esse amor maternal e enlouquecedor pelos restos dos meus dias...
Mas nossa união física começa a se quebrar para alcançar os eternos laços sentimentais...
E como a gente pode levar para o mundo nossa joia mais preciosa...
Essa tarefa materna não é simples..
.
O dosar entre o abraço e a força necessária para se expor aos perigos...
Entre os beijos e as frustrações da vida...
Sim a vida é dura... E eu como sua mãe já sei disso...
E é duro te encaminhar para os solavancos certeiros que você irá levar...
Há beleza em todo esse movimento da vida sim...
Mas também há tristeza e dor...

Meu amor eterno amor...
Quantas vezes seu sorriso encobriu as maiores mazelas e dores...
Quantas vezes te ver saudável foi absolutamente mais importante do que qualquer horror..
Mas vem chegando, aos poucos, e a cada dia mais, os momentos onde as decisões serão só suas...

E que chegue.. E que vá... E que viva!!!
E que eu sobreviva para te assistir na vida!

quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

O preço da mentira.

O preço da mentira.
Aprendi a mentir muito cedo...
A mentira me foi ensinada como um hábito adotado para não ofender quem amamos com nossas fraquezas...
Escondida nesse lindo discurso da proteção do outro, está uma profunda negação de si. De olhar para si e perceber de verdade nossas próprias falhas. Neste sentido, mente-se pois deseja passar por melhor do que se realmente é.
Esse hábito gera uma acomodação enorme para aquele que mente e ilude aquele para quem se mente.
Vivemos em uma sociedade difícil de ser sincero. Desculpas esfarrapadas soam melhor do que a verdade, a hipocrisia é cultivada.
Não digo que não quero ir, digo que tenho um compromisso inexistente.
Não digo que me atrasei porque não estou dando conta dos compromissos que assumi, mas sim que alguém adoeceu, ou eu mesma... Enfim.
Encarar o outro com honestidade é acima de tudo encarar a nós mesmos com uma clareza que pode doer.
Admitir que esse comportamento era altamente comum em minhas atitudes foi muito duro. Perceber que não existe naturalidade no ato de mentir foi muito difícil para mim.
Me sendo ensinada enquanto criança, nunca havia tido a oportunidade real de avaliar o hábito da mentira, desde as pequenas às grandes.
Para deixar a mentira tive de me encarar e encarar meu medo, minha acomodação, minha procrastinação, meu cansaço e minha soberba de me programar para viver uma vida onde eu estou sempre muito bem comigo e com o mundo.
Eu sofri prejuízos tão, mas tão sérios com a mentira.
Fui porta voz de tanta inverdade...
Tenho certeza que sentir na pele a toxicidade da mentira nos relacionamentos deve ter me sido importante.

Para que assim eu possa repensar as mentiras do cotidiano e as mentiras que me escondem de mim....